
Quem é o Pr. Jafé Chaves
Natural de Salvador-BA, o Pr. Jafé Chaves tem 47 anos, é casado com Aline Damasceno e tem um filho. Há quase 25 anos pastoreia igrejas na Bahia, Sergipe, São Paulo e atualmente na cidade de Volta Redonda-RJ. Está fazendo jornalismo (UNASP, 4º semestre) e uma especialização em revitalização de igreja (CTPI). Em seu tempo livre gosta de ler, estudar música e assistir séries inspiradas em histórias reais.
A tristeza que vem de Deus
2Coríntios 7:9-13. “Pois vocês se entristeceram como Deus desejava, e de forma alguma foram prejudicados por nossa causa. A tristeza segundo Deus não produz remorso, mas sim um arrependimento que leva à salvação, e a tristeza segundo o mundo produz morte. Vejam o que esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que dedicação, que desculpas, que indignação, que temor, que saudade, que preocupação, que desejo de ver a justiça feita! Em tudo vocês se mostraram inocentes a esse respeito. Assim, se lhes escrevi, não foi por causa daquele que cometeu o erro nem daquele que foi prejudicado, mas para que diante de Deus vocês pudessem ver por si próprios como são dedicados a nós. Por isso tudo fomos revigorados. (Bíblia A Mensagem)
No texto que lemos, Paulo, ao escrever sua carta aos coríntios, demonstra preocupação com a repercussão que ela poderia ter. Ele reconhece que causou um incômodo inicial, mas expressa alívio ao ver o efeito positivo dessa exortação. Em 2 Coríntios 7:8-9, ele relata como a tristeza gerada pela carta levou os coríntios a uma transformação espiritual. Ele destaca que essa tristeza não é o remorso destrutivo ou a culpa paralisante, mas uma tristeza que os conduziu a Deus e, como resultado, à mudança. Essa tristeza, que surge da percepção de nossas ações erradas e de como elas nos afastam de Deus, é descrita por Paulo como uma ferramenta divina para nos aproximar do Senhor.
Paulo também revela que exortar não é uma tarefa fácil. A correção traz consigo a preocupação com a forma como será recebida e o impacto que pode causar. Ao escrever a carta, o apóstolo experimentou ansiedade, aguardando a resposta dos coríntios e refletindo sobre o resultado de sua exortação. Esse processo ilustra a dificuldade de confrontar alguém com a verdade, mesmo quando se acredita que é necessário e correto.
A correção precisa de humildade e sensibilidade, reconhecendo que, mesmo estando certos, o ato de corrigir exige amor e empatia.
Além disso, Paulo ensina que a tristeza na vida cristã pode ser um elemento positivo. Ele rejeita a ideia de que a vida com Deus é sempre alegre, afirmando que, em certos momentos, a tristeza é essencial. No entanto, essa tristeza não é destrutiva; é uma reflexão que nos leva a reconhecer nossos erros e a buscar uma transformação. Se, ao examinar nossa caminhada espiritual, sentimos tristeza, isso pode ser um sinal de que estamos cientes de nossas falhas e desejamos nos aproximar mais de Deus.
A diferença entre a tristeza que afasta e a que aproxima de Deus é crucial. A primeira nos leva ao desespero e ao distanciamento, enquanto a segunda nos motiva a mudar e a buscar a comunhão com o Senhor. Paulo afirma que essa tristeza é uma obra de Deus em nós, um convite à reflexão e à reconciliação. Assim, mesmo que pareça estranho, ele encoraja os cristãos a se alegrarem na tristeza que os leva a Deus, pois dela nasce a alegria da redenção.
Paulo elogia os coríntios por responderem positivamente à exortação, permitindo que a tristeza os transformasse. Eles se tornaram mais vivos, cuidadosos, sensíveis, reverentes, humanos, apaixonados e responsáveis. Esse processo resultou em uma maior pureza de coração, exatamente o que Paulo esperava. Ele celebra o fato de que sua preocupação inicial foi superada pelo resultado positivo da carta, que não apenas corrigiu um comportamento errado, mas também fortaleceu os laços entre ele e a igreja.
Ao final, Paulo reflete sobre o propósito do Evangelho em trazer essa tristeza saudável. Ele enfatiza que não se trata de um fardo ou culpa incapacitante, mas de uma oportunidade para reavaliar nossas vidas e buscar transformação. Ele encoraja os cristãos a abraçarem essa tristeza, reconhecendo que é parte do processo de crescimento espiritual e aproximação de Deus. Por meio dela, podemos experimentar a alegria da redenção e uma renovação de nosso compromisso com o Senhor.
Por fim, o apóstolo expressa gratidão a Deus por essa obra em nossas vidas, pedindo que essa tristeza seja transformada em alegria e que nos leve a uma comunhão mais profunda com Deus.
Paulo deseja que os coríntios e todos os cristãos vivam as experiências de crescimento e renovação que vêm dessa reflexão e transformação espiritual.
Então, também desejo que você viva essa tristeza que vem de Deus e tenha os benefícios eternos dela em sua vida. Faça uma oração agora pedindo a Deus para ter essa experiência.