
Quem é o Dr. Carlos Roberto?
Natural de Barra Mansa/RJ, Dr. Carlos Roberto tem 50 anos, é casado há 20 e tem dois filhos. Formado em medicina (UNICAMP, 1997), fez residência em Cirurgia Geral e Cirurgia Cardiovascular (ambas pela UNICAMP). Já foi médico no Hospital das Clínicas da UNICAMP, cirurgião Cardiovascular no Instituto do Coração de Campinas/SP, nos Hospitais Santa Isabel e Aliança, em Salvador/BA. Participou da implantação do programa e dos primeiros 10 transplantes cardíacos da Bahia. Também foi Cirurgião Cardiovascular na equipe Cordis (Salvador e Vitória da Conquista). Desde 2014 é Cirurgião Cardiovascular no Hospital São Vicente de Paulo e no Hospital SAMUR em Vitória da Conquista/BA. Também é Preceptor do internato médico em Cardiologia e Cirurgia Cardíaca da Faculdade Santo Agostinho (Vitória da Conquista/BA) e da Residência Médica em Cardiologia do Hospital São Vicente de Paulo. Mais recentemente, Docente do curso de medicina da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Foi batizado em 2004 pelo Pr. Luís Gonçalves e seu verso preferido é Jó 19:25-27 “Pois eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida esta minha pele, ainda em minha carne verei a Deus; vê-lo-ei ao meu lado, e os meus olhos o contemplarão, e não outro. Como anseia o meu coração dentro de mim!”
Aspectos médicos do sofrimento de Cristo
Gálatas 3:13 “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro (conf. Deuteronômio 21:22-23).”
Introdução
Sou médico e, como cristão, sempre me emocionei com a cruz de Cristo. Mas foi estudando detalhadamente as últimas horas de Jesus que percebi algo profundo: a morte dEle foi única, não só do ponto de vista espiritual, mas também fisiológico. E é isso que compartilho — não apenas como alguém da área da saúde, mas como alguém profundamente tocado pelo que Cristo sofreu por mim.
A jornada de sofrimento de Jesus
Jesus passou uma noite inteira sem dormir, submetido a intenso estresse emocional no Getsêmani.
A Bíblia relata que Ele suou sangue — uma condição real chamada hematidrose, que acontece quando o estresse é tão intenso que os vasos capilares se rompem nas glândulas sudoríparas. Isso já revela o nível extremo de angústia que Ele vivia.
Depois, foi preso, arrastado de um lado a outro em interrogatórios, agredido, humilhado e açoitado brutalmente. Os flagelos romanos dilaceravam a pele. Tecnicamente, era uma flagelação que causava perda intensa de sangue e deixava o corpo em estado de pré-choque. Ao ser forçado a carregar a cruz, Jesus já estava extremamente debilitado. Não surpreende que Ele tenha caído.
Mas o que realmente me intriga, como médico, é a forma como Ele morreu. Os crucificados normalmente morriam por asfixia lenta — pendurados, iam perdendo a força de sustentar o corpo, e a pressão sobre os pulmões impedia a respiração. Isso podia levar dias. No entanto, Jesus morreu em apenas seis horas. O centurião ficou surpreso com a rapidez da morte. Isso indica algo incomum.
Quando o soldado transpassou o lado de Jesus, saiu sangue e água. Isso é compatível com um rompimento cardíaco — um derrame pericárdico por ruptura do coração.
Em termos médicos, é possível que Jesus tenha morrido de um infarto agudo do miocárdio por ruptura cardíaca, ou seja, morte por coração partido.
Essa descrição de uma possível razão clínica indica que o nível de estresse físico e emocional – o abandono, a dor – pode levar a esse tipo de colapso. Mas não foi só razão fisiológica. Na Bíblia está escrito que a morte de Jesus foi uma troca da vida santa dEle pela nossa, que é pecadora. Sem dúvidas, o que potencializou o sofrimento de Jesus foi o aspecto espiritual; foi o abandono do Pai, como está escrito em Mt 27:46 “E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”.
Entendo, assim, que Jesus morreu não só por causa das agressões físicas, mas por uma dor mais profunda: Ele morreu por mim. A cruz não foi apenas um evento histórico, foi um ato de amor extremo. Ele suportou tudo, cada açoite, cada queda, cada cravo, porque desejava minha salvação.
Conclusão
Como médico, fico impressionado com os detalhes fisiológicos. Como cristão, fico ainda mais impactado com a dimensão do amor.
E saio dessa reflexão com o coração grato, constrangido e desejoso de viver à altura do sacrifício de Cristo. Não posso olhar para a cruz da mesma forma. Agora entendo: Jesus morreu de amor. Por mim.
* Você pode baixar os slides da palestra logo abaixo. Veja também a transcrição da íntegra do devocional no fim do post.
Lista de oração
- Betão agradece pela primeira temporada da Escola Bíblica Novo Tempo;
- Marta Santos agradece por Elisandra;
- Jamaican Magalhães, pelo esposo e pela filha;
- Carla Corrêa, pela família;
- Alice, pelos alunos da Escola Bíblica Novo Tempo e por Nathália;
- Pr. Jafé, pelo recém criado Clube de Desbravadores de Recanto do Sol